LGBTQIA+

Projeto multiplataforma expande a ideia de masculinidade através de um olhar plural e diaspórico

“Okó” precisou se reinventar durante a pandemia e apresenta diferentes ações no Dia do Orgulho LGBTQIA+.

Com a concepção de Flip Couto e direção de Malu Avelar, o projeto “Okó: Maskulinidades Transatlânticas” que estreia no dia 28 de junho, data em que é celebrado o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+. Em uma data tão importante, o projeto vai propor diferentes ações para discutir a questão da masculinidade, inclusive de homens trans. E uma das propostas é justamente uma performance que tem como mote principal utilizar o corpo como suporte para provocar reflexões sobre a ideia da construção da identidade masculina. E, no mesmo dia, para completar as ações propostas, serão liberados o Okó Zine e o primeiro episódio do Podcast Rádio Okó.

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Idealizado por Flip Couto, o projeto nasceu em 2018, e à época ainda não possuía nome definido. Mas durante 2019, o idealizador mergulhou nas pesquisas sobre masculinidades e buscou referências, além das que já possuía previamente. Se utilizando de elementos performáticos da Cultura Ballroom como o Runway (desfile) e do Hip Hop, o trabalho traz o movimento, a vestuário, a música e a poesia como estéticas disparadoras de um universo imaginário, visual, subjetivo e relacional na urbanidade. As apresentações propõem reflexões sobre sexualidades, racialidade, pertencimentos, emoções, ancestralidades, corporeidade e tabus. Influenciam o trabalho pensamentos de Beatriz Nascimento, Osmundo Pinho, Alex Ratts, Bell Hooks, Audre Lorde, Stuart Hall, entre outros.

O projeto “Okó: Maskulinidades Transatlânticas” aconteceria em espaços públicos de 10 locais  e precisou mudar seu formato por conta da pandemia por Covid-19. “Os desafios impostos pela pandemia foram muitos e foram maiores do que tínhamos planejado no início do projeto em dezembro de 2020. Um projeto que fala sobre relações, um projeto que fala sobre espaços urbanos, sobre o direito à cidade, que fala do sensível do corpo e que tínhamos desejo de estarmos em roda. Mas todo esse processo foi feito com distanciamento com ensaios e reuniões via zoom”, relata Flip Couto.

Gravada nos terminais Jabaquara, Cachoeirinha e Lapa, a vídeo performance vai ser acompanhada de outras ações do projeto. Dentre elas, a substituição das rodas de conversas que aconteceriam em espaços abertos e com públicos, pelo Podcast Radio Okó, gravado nos equipamentos da SMC e com cinco convidados especiais (Neon Cunha, Viny Rodrigues, Formigão, Caru de Paula e Pedro Guimarães) que vão bater um papo sobre masculinidades plurais, racialidades e performatividade. 

“As pessoas escolhidas para a primeira temporada do podcast, vão provocar outros discursos, outras temporadas para falar desse corpo que transita da África para o Brasil. E dentro do Brasil, em todos esses processos vão criando outros mapas, vão criando várias relações. Relações tóxicas que agridem a comunidade, mas também tem muitas pessoas revertendo isso, revendo essas relações. E acho que esses nomes são potências que estão produzindo um conhecimento incrível”, conta Flip.

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Além do podcast, o projeto vai contar com 400 cópias de zines com textos de Alex Ratts, Ruda Terra Boa e ilustrações de Guilhermina Giusti, e que serão entregues durante a performance. Outro recurso visual são os lambes que serão colados nos espaços onde acontecerão a performance. Todo o conteúdo produzido será disponibilizado nos equipamentos da SMC e também de forma digital no site do projeto, além do perfil dos artistas criadores.

O projeto foi contemplado pelo ‘Edital Aldir Blanc MÓDULO I – Maria Alice Vergueiro’ e a apresentação foi gravada em três terminais de ônibus de São Paulo e vai ser exibida via zoom em parceria com equipamentos da Secretaria Municipal de Cultura (SMC).

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