1 ano sem respostas, sem nenhum culpado pagando por uma execução que chocou o Brasil, hoje dia 14/03 marca o dia do assassinato de Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes.
Sabemos que após sua morte começaram a fazer de forma covarde e vergonhosa “fake News” para desmoralizar Marielle, mas aí está, por que fazer isso com uma pessoa morta?
A resposta está na sua luta. Marielle Franco foi eleita Vereadora pela cidade do Rio de Janeiro e ganhou destaque e popularidade por seu trabalho em cima dos Direitos Humanos atuando principalmente com a população negra e pobre do Rio.
Socióloga formada e com mestrado e Administração Publica, bissexual assumida e natural do Rio de janeiro, Marielle foi eleita com mais de 46 mil votos, sendo a segunda vereadora mais votada em todo o brasil e era a quinta no município do Rio de Janeiro, Marielle era do partido PSOL e presidio a “Comissão de Defesa da Mulher” na câmara dos Vereadores do Rio e fez parte de uma comissão que monitorava a “Intervenção Militar” no Rio onde foi escolhida como a relatora, Marielle era contra a intervenção assim como também fazia denuncias de abusos policiais e violações dos direitos humanos!
O posicionamento político e a atuação constante de Marielle como vereadora e militante não agradava a muita gente, afinal em nosso país sabemos que se você luta pelos pobres, negros, LGBT’s e índios, existe uma grande chance de uma pessoa te chamar de comunista (mesmo sem saber o que é) e assim começamos a falar do que aconteceu após aquele 14 de março de 2018.
Marielle sofreu ataques depois de morta onde foi acusada de envolvimento com milícias ainda de ter relação direta com um traficante (os mesmo usaram uma foto onde dizem ser Marielle, porém na foto não era nem ela muito menos o tal traficante), mal sabiam que Marielle era casada com uma mulher desde 2004 e já tinha uma filha de relação anterior.
O que revolta muitos de nós e a demora para solução do caso, na cena do crime foi provado que as balas eram da polícia, ou seja, alguém de dentro a policia teria matado Marielle e Anderson, se não bastasse as câmeras do local estavam desligadas no exato momento do crime, o que indica que o seu assassinato havia sido planejado e por pessoas que tinhas um grande poder de palavra pois desligar uma câmera que fica 24 horas ligada justamente na hora de um crime e de muita estranheza e suspeita. Se não bastasse tudo isso, a própria polícia do Rio de Janeiro disse que não iria colaborar com as investigações as quais ficaram a cargo da Policia Civil, mas veio a colaborar após o polemico posicionamento da mesma. Em 2018 a policia começou a investigar o possível envolvimento de uma milícia chamada “Escritório do Crime”.
No dia 12 de março de 2019 a Policia Civil e o Ministério Público do Rio de Janeiro prenderam o policial militar reformado Ronnie Lessa, de 48 anos, e o ex-policial militar Élcio Vieira de Queiroz, de 46 anos, suspeitos de assassinar Marielle Franco e Anderson Gomes, segundo a investigação, Lessa seria o autor dos 13 tiros e Elcio Queiroz dirigiu o Colbat. O que chama atenção neste caso e que um dos suspeitos (Lessa) mora no mesmo condomínio que o atual Presidente Jair Bolsonaro possui uma residência, o mesmo tem foto com os suspeitos e a família Bolsonaro foi recentemente falada por possível envolvimento com milícias do estado do Rio de Janeiro.
“PM reformado e ex-PM são presos suspeitos de participação nos assassinatos de Marielle e Anderson”
No dia 14 de março a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro aprovou a Lei 8054/2018 que consolidou 14 de março ao Calendário Oficial do Estado do Rio de Janeiro como o “Dia Marielle Franco – Dia de Luta contra o genocídio da Mulher Negra”
Marielle foi uma mulher negra silenciada, mas que lutou pelos seus direitos e sempre honrou seus deveres e hoje e um exemplo de mulher e de luta pelos direitos humanos, Marielle Vive, Anderson Vive e nos ainda queremos e iremos cobrar que justiça seja feita em seu caso!
Marielle Presente, hoje e sempre!