Não e de hoje que nos pessoas pretas temos que ouvir comentários negativos sobre nossos corpos, e nosso cabelos que são uma grande de nos mostrarmos nosso orgulho ainda causa certo “incomodo” em algumas pessoas brancas, na mídia, alguns deles não tem medo de esconder seu racismo disfarçado de opinião sobre nos, o atleta e ex-BBB Paulo André foi vitima dos tais comentários por conta de seu visual para o Baile da Vogue onde o mesmo apareceu de tranças, o que foi o suficiente para os racistas saírem da caixa.

O jornalista Felipeh Campos fez questão de comparar o cabelo de PA com cadarços, ele disse: “O Paulo André, eu não curti muito cabelo. Eu tenho um monte de cadarço lá em casa (risos), eu não gostei! Poderia ter ficado sem as tranças, estava tão bonito sem”. Após as acusações de racismo por parte dos internautas ele se justificou dizendo que é do candomblé e que não tinha a intenção de ser racista pois tinha gostado do cabelo black do Vice-campeão do reality.
Porem ele foi racista, usou o discurso que o racista adora usar (se colocando em espaços pretos ou com o uma pessoa de convivência com pessoas pretas) que já virou um clichê enorme. Para deixar explicado o porque ele foi racista e bem simples, as tranças são um penteado ancestral para os povos pretos, além da estética, as tranças já foram mapas e até local para se guardar sementes, ou seja, e muito mais que um penteado. E isso atravessa maioria dos cortes afro, o próprio black power e visto como um sinal e resistência, principalmente ao processo de alisamento do cabelo crespo que até hoje e criticado e constantemente vira motivo para racistas destilarem seu ódio.

Uma mulher negra em SP registrou um B.O. contra uma mulher branca que disse que seu cabelo poderia “passar doença” enquanto ela estava no metrô, a racista teve que ser escoltada por policiais na saída do vagão pois o povo não tolera mais racismo, e nem preciso aprofundar nos casos recentes como do jogador Celsinho que quando atuava pelo Londrina em 2021 sofreu racismo de um membro da direção do Brusque, na ocasião a punição foi de suspensão de 360 dias ao conselheiro, com multa de 30.000 reais, além da punição de 60.000 reais ao clube.
Fato é que racismo apesar de crime, segue impune no Brasil, onde os brancos acham que uma simples “desculpa” resolve todo o problema, mas não perdem tempo em sempre que podem, deixar escorrer seu racismo, não importe se você preto e rico, famoso, trabalhador ou seja lá o que for, se for preto, vai sofrer racismo.