Musica

Zudizilla revela novo disco e curta-metragem inédito no projeto multimídia Zulu Vol. 2: De Cesar a Cristo

Produções tiveram recursos oriundos do edital Natura Musical 2020 via Pró-cultura RS LIC.

Três anos depois do lançamento de Zulu Vol.1: De Onde eu Possa Alcançar o Céu sem Deixar o Chão, o rapper Zudizilla, de Pelotas (RS) está de volta com Zulu Vol. 2: De Cesar a Cristo, seu novo álbum de inéditas, disponível nas principais plataformas digitais no dia 15 de março de 2022. Produzido pelo próprio artista junto a uma seleção de beatmakers e participações, como as de Emicida, Coruja BC1 e Joabe Reis, o álbum traz 12 faixas em seu repertório.

Capa por Guile Farias e fotos de Adrian Silva e Fábio Lafa
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O filme

Com roteiro assinado pelo próprio rapper e direção de Kaya Rodrigues e Luis Ferreirah, o curta Vozes do Silêncio elabora uma sensível reflexão sobre a identidade negra gaúcha, apontando para a invisibilidade dessa população como resultado direto do racismo estrutural presente na história da formação do Rio Grande do Sul. 

Uma das obras de referência para Zudizilla desenvolver este projeto partiu do livro Vozes do Silêncio do autor gaúcho Agostinho Dalla Vecchia. Outra inspiração foi a pesquisadora gaúcha Winnie Bueno, criadora da Winnieteca, uma iniciativa que promove a conexão de pessoas negras com a literatura. “Esse trabalho nasce de uma vontade de registrar audiovisualmente a existência, resistência e permanência do povo preto no território Sul Riograndense”, comenta Zudizilla. Para o rapper, o curta propõe um debate sobre as identidades negras existentes no Rio Grande do Sul retratando em arte o seu tempo, “exatamente como aprendi com Ms Nina Simone”.

NOTA: O curta Vozes do Silêncio sofreu algumas alterações nos últimos dias o que inviabilizou o lançamento paralelo com o disco. Ainda não temos a confirmação da nova data de lançamento do filme. Assim que a nova data for garantida, voltamos a avisar por aqui.

O disco

O conteúdo musical de Zulu Vol.2… também percorre esta temática, mas daqui partindo da caneta de Zudizilla, que traça experiências passadas como relatos reveladores de sua vivência enquanto homem preto. O compositor também projeta sonhos e futuros em outras canções do repertório do novo disco, orientando seu olhar para novas revoluções e amores. “Pensando na linha do tempo da saga, o volume 1 tratava de uma dúvida [a partir] de um não lugar, e o 2 fala de quem chegou em algum lugar mas que ele é insuficiente para sanar toda a problemática no seu entorno. Isso se reflete em todas as minhas relações, e cada uma delas está descrita no decorrer do álbum”, comenta o rapper.

Em Zulu Vol.2…, o ouvinte é transportado para ruas de Pelotas e outros territórios que marcaram as situações que são narradas e musicadas por Zudizilla neste disco. Ele conta que “metade do álbum veio do sul comigo, assim também vem o fim dessa ópera moderna, digamos assim. A saga Zulu sempre foi pensada pra ter 3 atos bem definidos, é uma saga do herói, comum em gibis e desenhos de ação, mas trago o protagonista sendo um homem preto do Rio Grande do Sul em busca de algum lugar (zulu vol 1) e da forma que for (zulu vol 2)”.

Entre as referências estéticas que guiaram Zudizilla na concepção deste disco, o artista destaca “Don L, Racionais, Emicida, Kendrick Lamar, Jack Kerouac e Lima Barreto” Zulu Vol. 2: De Cesar a Cristo já está disponível nas principais plataformas digitais e em Abril ganha palcos em diferentes regiões brasileiras. Acompanhe Zudizilla nas redes sociais para mais informações.

Clique e ouça o disco!

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