Como forma de celebrar e amplificar as vozes sub-representadas dentro da indústria criativa global, o Spotify Advertising criou no ano passado o projeto Outside Voice, uma série de playlists compostas por músicas e gravações de voz criadas por profissionais do mercado. A segunda temporada do projeto, lançada esse ano, inclui a participação de dois convidados brasileiros, cujas playlists entram ao ar este mês.
Felipe Silva, cofundador e CCO da agência de publicidade Gana, e Jéssica Gomes, diretora de comunicação, comunidade e criatividade na Sallve, uma startup brasileira de beleza, criaram suas próprias playlists originais, misturando suas músicas preferidas com depoimentos em áudio – apresentando um pouco mais sobre as suas jornadas profissionais e pessoais, além de contar sobre seus processos criativos, e discussões de temas importantes que afetam as comunidades menos representadas.
As playlists da segunda temporada da série que já estão no ar:
Felipe Silva – Cofundador e CCO, Gana (Brasil)
Jéssica Gomes – Diretora de Comunicação, Comunidade e Criatividade, Sallve (Brasil)
Misha Eueph, Fundador e CEO, Dustlight Productions (Estados Unidos)
Nwaka Onwusa, Vice-Presidente e Curadora-Chefe, Rock e Roll Hall of Fame (Estados Unidos)
Modi Oyewole, Diretor Sênior de Marketing, Capitol Records (Estados Unidos)
Mike Shum, premiado criador de documentários (Estados Unidos)
Felipe Silva e Jéssica Gomes abrem uma discussão sobre o poder da representatividade no mercado de criação. Felipe fala sobre a pouca representação do profissional negro na indústria: “O Brasil é um país com 56% da população autodeclarada negra e parda, mas levei 10 anos até trabalhar com outra pessoa negra dentro do departamento de criação“. Em sua eclética playlist, ele reforça a importância de elevar as vozes negras e o quanto está trabalhando para isso: “Nós inventamos o hip-hop, o rock, o blues, o funk carioca”, diz. “Imagine todo esse poder criando para as marcas. É isso que a agência Gana quer fazer“, completa Felipe.
Além dele, Jéssica também fala sobre o poder da representatividade e o quanto é preciso dar atenção para a forma que isso afeta todos os aspectos da vida de pessoas que fazem parte de comunidades marginalizadas: “Embora os negros sejam a maioria da população aqui no Brasil, somos minoria quando se trata de representação em lugares de poder. E aqui estamos nós, em 2021 ainda lutando pelo simples direito de existir e de viver, não apenas de sobreviver. Não pude ignorar essas narrativas em minha jornada profissional. Somos vidas, futuros e histórias que merecem ser contadas“, comenta Jéssica.
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