Mate o Coveiro dos seus Sonhos
Não seja você mesmo,
Como coveiro dos seus sonhos.
Ouça com amor essa voz que vem de dentro.
Não se trata de ser melhor que ninguém,
No fundo nem você acredita nisso.
Hoje ainda é cedo…
É clichê,
Porém mesmo que mudasse o sentido da frase,
A resposta seria a mesma:
A amanhã já pode ser tarde de mais.
Não cante ao vento que entendeu,
Fique de bico calado.
Não cante ao vento que ainda não sabe,
Ouça bem a voz que vem de dentro.
Gato mia, pois não sabe abrir a porta.
Quem chora pelo leite derramado,
É porque não sabe o valor da vida perdida.
A receita é simples e por isso parece clichê,
Sonha-se hoje para se realizar a amanhã.
Tenha medo de perder e não de vencer,
Não seja você mesmo o carrasco da sua vitória.
Mate o coveiro dos seus sonhos,
Não deixe o Estado lhe impedir de sonhar.
E se torne um preto livre das correntes desse cativeiro.
Vidas negras importam
E não aceite para se, menos que isso.
Na mira do Sniper do Estado:
A cor preta não é só alvo,
Ela é a carne mais barata do mercado.
Fique ligeiro com o homem morcego de farda.
Ele não quer só tirar seu sonho,
O cão do Estado quer sua vida para alimentar o próprio sonho.
Sabiá que canta aqui, não gorjeia lá.
Já expliquei isso outras vezes povo preto,
No Estado de branco, preto não tem vez.
Então SONHA povo preto:
Pois se não sonharmos com a liberdade hoje,
Amanhã mesmo que seja tarde, ela ainda vem.
E só estou escrevendo esses versos para você negrx,
Pois hoje mataram mais uma criança no genocídio do povo preto.
Estou escrevendo para você negrx,
Uma vez que sonhar por liberdade é preciso.
E matar o cativeiro do seu sonho é bem mais.
Pois a amanhã já pode ser tarde de mais.
Ontem Foi com Ágatha Félix
E hoje foi com João Pedro,
Pela mão do mesmo homem de farda.
Mauro Aniceto.
19.05.2020

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