O país norte-africano passa por uma crise politica grave, entenda o que está acontecendo.
O atual governo sudanês, composto pelo chamado Conselho de Transição Militar, se recusa a dar o poder aos civis. Os militares estão no cargo desde abril, após a queda de Bashir, que comandava o Sudão desde um outro golpe, em 1989. Os protestos derradeiros contra o ex-ditador começaram em dezembro passado, após o preço do pão subir exponencialmente (o país vive crise econômica desde 2011, quando a parte sul se separou, criando o Sudão do Sul e levando consigo a riqueza oriunda do petróleo).

Após a queda do presidente os militares assumiram o poder e são liderados pelo general Abdel Fattah al-Burhan, eles interromperam as negociações para a realização de eleições e formação de um governo.
O povo sudanês e contra o governo militar e realiza protestos porem estão sofrendo represália dos militares. O ápice da violência ocorreu há uma semana, quando um massacre vitimou mais de 100 pessoas que protestavam de forma pacífica contra a junta militar na capital Cartum, com pessoas empurradas de pontes, estupros, corpos jogados no rio Nilo e médicos que cuidavam dos doentes sendo assassinados. Na imprensa internacional, o caso vem sendo chamado de um protesto da “Praça da Paz Celestial” sudanesa.
Os sudaneses estão em greve-geral como forma de protesto a ditadura militar, houveram 4 mortes no primeiro dia.
Artistas estão mudando sua foto de perfil nas redes sociais para expressar solidariedade ao Sudão, entre elas estão Naomi Campbell, Demi Lovato e Gisele Bündchen.

Fonte: Exame