Entre brasilidades, hip hop e afro-beats, a cantora e compositora paulistana Aísha vai se apresentando à cena nacional. A artista trilha um caminho bastante singular entre a música mainstream, ao passo que sobe aos palcos pelo Brasil ao lado do rapper baiano Baco Exu do Blues e compõe hits premiados interpretados pela cantora Luísa Sonza. Como fruto de tais experiências, agora, Aísha dá um novo passo em direção a sua carreira, com uma apresentação única na Rio2C — o maior encontro de criatividade e inovação da América Latina. O showcase aconteceu ontem (9), no Rio de Janeiro, e chegou também como uma experimentação da artista com canções de seu álbum de estreia, intitulado AVE, com previsão para 2025.
“Este show foi pensado para eu me apresentar à indústria musical, como uma demonstração de quem eu sou enquanto artista autoral e compositora. Eu comecei a estudar e roteirizar meu primeiro álbum (que guia este show) há cinco anos, e tô amando ver esse sonho tomando forma”, resume Aísha. A performance foi pensada como um reflexo dela enquanto cantora, artista e pessoa física, para que os novos públicos a conheçam assim, de ‘cara lavada’. “Sempre fui apaixonada por tudo o que envolve espiritualidade, ciência, alquimia, e eu busco transmitir isso por meio da arte, sem deixar de lado o meu bom humor e minha sensualidade”, completa ela.
Guiada pela potência das letras e sonoridades, o setlist do show mescla afrobeat, trap, pop e hip hop, em dois momentos. “O show tem dois atos, no primeiro eu apresento uma prévia de AVE, meu primeiro álbum que está em produção, onde eu verso sobre superação, expansão da consciência e retomada do meu poder pessoal. Já no segundo ato, mais comercial, eu mostro um lado mais visceral, debochado e sexy”, revela. “Conexão” (primeiro single autoral) ; “Braba”, “Anaconda” e “Onde é que deu errado” (composições feitas junto com Luísa Sonza) e “Hotel Caro” (que Aísha interpreta ao lado de Baco, nos shows ao vivo), estão confirmadas.
O show marca ainda o primeiro contato do público com as novas composições da artista, que integram o seu primeiro álbum. Intitulado AVE, o projeto tem previsão para 2025, e mescla o eletrônico futurista com gêneros bem brasileiros, de forma fluída, enaltecendo a potência matriarcal. “AVE versa sobre a dor, a cura e a força que nasce da superação. Eu precisei estudar muitos assuntos pra criar esse projeto, e acabei me deparando com a Teosofia”, explica Aísha, que completa: “Eu precisava me curar de uma depressão que me acompanha desde a infância, e decidi buscar isso contando a minha história, de uma forma subjetiva, e que me trouxesse força”.
Fruto do forte engajamento dos fãs, a apresentação (que conta ainda com a coreografia de Flavia Lima e Israel Alves, diretora de movimento de Gloria Groove) levou a vitória na votação popular aberta pelo evento. “O caminho que percorri pra criar esse álbum me trouxe cura em várias áreas da minha vida, e reconexão com a minha ancestralidade e primeira infância”, finaliza Aísha.
Ao longo dos dias 4 e 9 de junho, o Rio2C reuniu nomes como Ron Leshem (cocriador da série original Euphoria); o animador brasileiro Carlos Saldanha; o ganhador do Oscar Armando Bo (co-roteirista de Birdman); Alice Braga (que está na nova série do Apple TV+, Matéria Escura) e o cineasta nigeriano Editi Effiong (The Black Book) entre muitos outros, em uma programação de mais de 60 painéis.
culturapreta.com 
Deixe um comentário