O musico Plínio Fernandes de apenas 27 anos se destaca quando o assunto e musica, em especial com seu violão, o musico que nasceu no interior de São Paulo, na cidade de Itanhaém, ele se dedica a musica desde os 7 anos e neste ano lançou seu primeiro album intitulado “Saudade”, o sucesso foi tão grande que ele chegou no top #1 da Billboard, uma das maiores revistas sobre musica no mundo.

Seu talento já havia sido notado muito antes disso, Plinio foi selecionado em 2013 para a Royal Academy of Music, umas das mais conceituadas academias de musica do mundo. Por la fez amizades importantes, entre elas a do Sheku Kanneh-Mason, outro jovem talento preto da musica clássica.
O CP entrevistou o violonista, confira:
CP: Para você que mora fora do Brasil, qual a diferença de estudar música no exterior e como você acha que é possível aplicar esse conhecimento à música brasileira?
Plínio: Bom, é claro que estudando no berço da música clássica, que é aqui na Europa, o nível de excelência, seriedade, estrutura e de valorização, nem se compara com no Brasil. A música clássica começou aqui, boa parte dos conservatórios aqui tem mais de 200 anos de existência, ou seja, estamos falando de muita história e de muita tradição.
Agora, como aplicar esse conhecimento, pra mim é difícil de falar, pois no meu aprendizado as duas se confundem. Eu sendo brasileiro, trago como bagagem algo que é parte de mim, que está intrínseco.

CP: Como foi se tornar embaixador de uma grande instituição para levar música para os jovens?
Plínio: Incrível, porque boa parte dos músicos que eu admiro também são embaixadores, como Benjamin Grotmon e Nicola Benedetti. Esses são alguns músicos que estão associados a essa instituição incrível, que oferece o que eu mais acredito ser importante na formação de um ser humano, que é a educação musical.
CP: Qual a expectativa ao lançar o álbum, principalmente em relação ao público brasileiro?
Plínio: A expectativa é muito boa, pois se trata de um repertório que conversa muito com o Brasil. Trata-se de um álbum de estreia, no qual eu coloquei muita energia nele. Eu gravei durante a pandemia no Estúdio Abbey Road, que foi onde os Beatles gravaram. Então tudo isso representou bastante para mim, com um repertório que é o meu favorito.
Cada faixa foi escolhida a dedo, de acordo com minha memória afetiva e musical. Eu quero que as pessoas que escutam cartola, também escutem Villa-Lobos, e que as que escutam Villa-Lobos, escutem Jobim. É um álbum que está no meio do caminho entre esses gêneros, de música clássica e música popular latino-americana.
CP: Como foi a produção do álbum, desde a parte que ele nasceu até a sua finalização?
Plínio: O primeiro passo foi escolher o repertório, que a princípio não seria de Villa-Lobos e musicas latinos-americanas, seria Bach. Mas no final, fez muito mais sentido gravar um álbum de estreia com canções do Villa-Lobos.
Após a escolha do repertório, veio a parte onde estudei bastante e a fundo o repertório que eu amo muito. Como o tempo era curto, foi um processo incrível de imersão para aprender.
E por último, foi o processo de lançar faixa por faixa do álbum, onde “provocamos” o público aos poucos, no bom sentido da palavra.
CP: Qual foi o seu sentimento quando o álbum ficou pronto?:
Plínio: Sensação de dever comprido. De que o álbum virou parte de mim.
CP: Qual a maior diferença de um álbum de maioria de músicas instrumentais em relação a músicas cantadas?
Plínio: Acho que a grande diferença é o público, tem aquele que prefere músicas instrumentais, e aqueles que preferem músicas cantadas.