Nesta semana, o vice-prefeito de Uberlândia, Vanderlei Pelizer (PL), publicou em suas redes sociais um posicionamento contrário a ações afirmativas desenvolvidas por crianças e educadores da rede municipal de ensino. Ele afirmou que ações educativas e culturais promovidas no Mês da Consciência Negra, incluindo exposições, cartazes antirracistas e atividades de valorização do povo preto, seriam uma forma de “lavagem cerebral”.

Em sua fala, o vice-prefeito declarou que o racismo no Brasil não é estrutural, composto apenas por “incidentes isolados”. Também associou iniciativas antirracistas a “militâncias ideológicas” e afirmou que o movimento negro e organizações sociais inflariam casos como esse.
Durante a visita às exposições, ele questionou professores na frente das crianças, demonstrando incômodo com a palavra “empoderado” em um dos cartazes. Em vídeo, dirige-se à educadora dizendo: “O que você acha não me interessa”.
O vice-prefeito também afirmou que ações de combate ao racismo fomentariam divisões e acusou iniciativas culturais e educativas de estarem vinculadas a agendas “marxistas” e “globalistas”. Segundo ele, materiais que exaltam a cultura e a resistência do povo preto estariam “doutrinando” a população.
As declarações foram recebidas com críticas por entidades do movimento negro, pesquisadores e parlamentares, que classificaram as falas como negacionistas e ofensivas. Na manhã do dia 17, ativistas, professores e o sindicato dos servidores municipais organizaram uma manifestação em frente à Prefeitura de Uberlândia.




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