A cena musical brasileira ganha um novo player com a chegada da ODR Music, escritório de gestão de carreira e produção artística que já nasce com DNA de hub criativo. A empresa, liderada por Emerson Santos (CEO e fundador) e Tuti Camargo (diretor), tem como propósito oferecer estrutura profissional completa para artistas, unindo gestão 360º, estúdio de gravação, produção musical, assistência jurídica e comunicação.

Para Emerson Santos, a ODR nasce como extensão de sua experiência de sucesso no esporte, em que liderou a gestão da carreira do jogador Antony Santos desde a base até a seleção brasileira. “No futebol aprendi que o talento só floresce quando existe estrutura. É isso que queremos oferecer aos artistas, um ambiente seguro, com gestão séria, para que eles possam se dedicar exclusivamente à criação. Nosso diferencial está em cuidar de toda a parte estratégica, administrativa e negocial, permitindo que a arte seja o centro de tudo”, afirma.

Já Tuti Camargo, produtor musical com passagens por bandas como VOWE e Medulla e trabalhos ao lado de nomes como FBC, Edgar, Fresno, Elana Dara e, recentemente, Luedji Luna — trabalho que lhe rendeu uma indicação ao Grammy Latino com o disco Um Mar Pra Cada Um — enxerga a empreitada como um espaço fértil para inovação criativa. “O estúdio da ODR foi pensado como um laboratório vivo. Não é só sobre gravar, mas sobre criar em coletivo, conectar artistas e fomentar novos sons. Trabalhamos com samba e rap porque entendemos essas vertentes como a base e a vanguarda da música brasileira, e queremos ressignificá-las no presente para projetá-las no futuro”, explica.

Com esse olhar plural, a ODR Music reúne profissionais de trajetórias sólidas e diversas, como Paulo Trindade, músico, produtor musical, arranjador e compositor. Integrante do grupo Samba de Boteco, Paulo já excursionou pela Europa, passou por casas icônicas em países como Suécia, Finlândia e Estônia, e trabalhou em navios internacionais. Como instrumentista, tocou e gravou com nomes históricos do samba, como Simony, Fundo de Quintal, Neguinho da Beija-Flor, Almir Guineto, Wilson Moreira e Reinaldo. Além disso, foi diretor musical do festival Exposamba (2012/2013) e acumula trabalhos como produtor musical e compositor, em parceria com mestres como Rildo Hora.

Outro nome que integra o ecossistema criativo é Kaio de Oliveira, fundador do projeto Ideologia do Samba (@ideologiadosamba), que hoje ultrapassa a marca de 520 mil seguidores no Instagram. Nascido na comunidade da Mandioquinha, na Zona Oeste de São Paulo, Kaio cresceu cercado pela riqueza cultural das periferias e encontrou no samba sua maior paixão. Desde 2019, transformou sua inquietação juvenil em movimento cultural, narrando histórias do samba, de seus ícones e raízes, ao mesmo tempo em que abre espaço para a nova geração do gênero. Seu propósito é claro: valorizar os baluartes que construíram a história do samba, manter vivo seu legado e dar voz a novos talentos.

Inspirada no conceito da palavra Odara, de origem iorubá que significa “bom, excelente, belo” e que, na Umbanda, carrega a simbologia de coisas boas, o foco inicial é em artistas de samba e rap — gêneros que, para os sócios, representam a resistência, a identidade e o futuro da música brasileira.

“Mais do que gerir carreiras, nosso compromisso é formar artistas conscientes dos seus direitos, da sua ancestralidade e do seu papel cultural. Queremos construir pontes entre o legado da música brasileira e a cena contemporânea, com profissionalismo e visão de futuro”, conclui Emerson.

O casting inicial da empresa já conta com nomes como Xis, Mafe, Vitor Federado, o projeto Anel de Bamba e a página Ideologia do Samba, que funciona como canal de informação e memória do gênero. A ODR está aberta a parcerias e colaborações com artistas independentes que busquem tanto gestão quanto estrutura de estúdio.