Mais um triste episódio de racismo no futebol brasileiro aconteceu neste fim de semana no Paraná. Durante a partida entre Batel e Nacional de Rolândia, pela Taça FPF, o volante Diego, do Batel, ofendeu o zagueiro Paulo Vitor (PV), do Nacional, chamando-o de “macaco”.

A reação foi instantânea. PV, visivelmente abalado com a injúria racial, revidou com um soco, e o jogo virou palco de confusão. Diego caiu no gramado, precisou de atendimento médico e chegou a ser levado de ambulância. O árbitro expulsou o zagueiro, e o caso rapidamente repercutiu nas redes sociais.

Nas horas seguintes, o Batel anunciou a demissão do atleta Diego, afirmando que não compactua com atitudes racistas. Já o Nacional-PR manifestou apoio ao zagueiro, destacando que acompanhará o caso de perto. A Federação Paranaense de Futebol (FPF) também se pronunciou, dizendo que o episódio será analisado pelo Tribunal de Justiça Desportiva do Paraná (TJD-PR).

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Em entrevista ao ge, PV comentou o que viveu:

“Foi uma palavra que não dá pra aceitar, ainda mais em pleno 2025. Eu sei que não devia ter reagido, mas é difícil ouvir algo assim e ficar quieto.”

O caso reacende o debate sobre o racismo estrutural no esporte — um problema que segue se repetindo, mesmo com campanhas e punições mais severas. A injúria racial é crime no Brasil, equiparada ao racismo, e pode render pena de até cinco anos de prisão.

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Enquanto o processo corre na Justiça, o episódio serve de alerta: não há espaço pra racismo — nem nas arquibancadas, nem dentro de campo.


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