A cantora e compositora brasiliense Letícia Fialho apresenta o single “Pra Sempre por Enquanto”, seu primeiro lançamento solo desde o elogiado “Maravilha Marginal” (2018). Escrita ainda na adolescência, a faixa ressurge duas décadas depois com novos arranjos e um olhar amadurecido e esperançoso sobre o tempo, a cura e os ciclos da vida. O lançamento também aprofunda a fase sonora da artista no “baile canção”, conceito criado por Letícia para sintetizar a pesquisa de sonoridades para o novo trabalho, em que a potência da música brasileira encontra batidas eletrônicas e sintetizadores. O novo single chega a todas as plataformas de streaming, via ONErpm, no dia 04 de julho (sexta-feira) e abre caminho para o lançamento de seu segundo álbum de estúdio.


Os sete anos que separam “Maravilha Marginal” (2018) da nova sequência de lançamentos trazem um astral diferente para as composições de Letícia Fialho. Solar, esperançoso e alegre, o momento soma a positividade da lírica a um mergulho instrumental amplo e dinâmico, que atravessa as novidades que a artista buscou para a obra. O íntimo do violão deu vez à extroversão das guitarras, a potência de sintetizadores e o brilho das flautas. Na nova faixa, para além da apoteose sonora – na multiplicidade de instrumentos –, a artista se concentra em palavras positivas, carregada pelo espírito que move a composição.
Inspirada pela fartura sonora e a alegria do baile e canção brasileiros, além de grandes nomes da década de 80 e 90 da MPB, Letícia Fialho referenciou inspiração estética em obras que traduzem momentos plurais da discografia de Gilberto Gil, Djavan, Gonzaguinha e outras figuras icônicas. “Eu fui beber na fonte de quando os artistas da ‘Canção Brasil’ começam a usar o eletrônico no som. O Gilberto Gil com ‘Realce’, ‘Lindo Lago do Amor’, de Gonzaguinha, o momento de ‘Lilás’ de Djavan, outros de Marina Lima, além de algumas coisas de Guilherme Arantes”, explicou.
“Pra Sempre Por Enquanto” foi escrita há 20 anos, quando a cantora ainda era adolescente em Brasília. Resgatando a reflexão para mais um momento singular em sua carreira, enxergou nessa composição pessoal um significado particular para si, que dialoga também com as pessoas ao seu redor. Se desafiando a vivenciar dia a dia o movimento de São Paulo desde que se mudou de sua cidade natal, a artista encontrou na mudança o espaço para se permitir enxergar o inédito.
“Soltar essa música também é uma pequena contribuição para uma cura coletiva. A vida é sobre feridas e curas. Eu gosto de dizer que ‘Vamos errar, vamos só combinar de não errar aquilo que já sabemos’. O futuro surpreende tanto que o pra sempre é sempre por enquanto. Essa é a eternidade possível: o presente saudável, feliz.”
Para Letícia Fialho, trocar a rotina de Brasília por São Paulo nem de longe significaria a ruptura com o lugar que cresceu. Até musicalmente, as novidades seguem particulares à sua primeira casa. “O groove é Brasília. É a galera de casa. É o santo de casa fazendo milagre.” Junto de músicos conterrâneos, que acompanharam sua trajetória nos mais de 10 anos de carreira, a artista construiu em banda e dirigiu os arranjos junto a cinco músicos, se dividindo entre a guitarra, a percussão, as flautas, as teclas e a bateria. “A conexão é total”, resume, mantendo ao longo da sua trajetória um elo muito forte de pertencimento à cidade, marcada pelo sucesso de seu primeiro álbum.
Destaques da faixa, os arranjos das flautas são de Thanise Silva, musicista e professora da Escola de Música com Mestrado na Universidade de Brasília, que para além de estabelecer uma relevante pesquisa no campo acadêmico, traz consigo sensibilidades únicas para a música popular. Eles se somam à percussão de Larissa Umaytá, que também esteve junto de Letícia no processo de “Maravilha Marginal” (2018) e é uma das grandes figuras da música da capital do Brasil, dividindo palco com nomes como Chico César e Xande de Pilares. A banda é formada por músicos da cidade, o que reaproxima a cantora desse lugar, num momento mais distante de casa.
Na mudança de capitais, a artista revelou que agora se vê mais imersa nas dinâmicas da música e da cultura: “Eu estava me sentindo um pouco isolada. São Paulo é movimento, encontro. Encontrei o movimento que faz sentido nesse momento da minha vida”.
“Pra Sempre por Enquanto” já está disponível em todas as plataformas digitais via ONErpm.




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