Por Vitória Pereira

Na madrugada desta sexta-feira (07), o Morro do Santo Amaro, localizado na zona sul do Rio de Janeiro, foi marcado por tiros disparados por policiais encapuzados durante uma suposta “operação”. No momento da ação, acontecia a celebração da festa junina, com danças de quadrilha organizadas pelos moradores da comunidade. O local estava visivelmente cheio de crianças, quando todos foram surpreendidos pelo confronto policial.

A invasão deixou um jovem de 24 anos baleado, que não resistiu aos ferimentos. Herus Guimarães, que trabalhava como office boy, deixou um filho de apenas 2 anos. Outras cinco pessoas foram atingidas por balas perdidas durante o confronto, entre elas uma adolescente de 16 anos. Além disso, no desespero dos moradores, algumas crianças se perderam dos pais e foram pisoteadas.

Fernando Guimarães, pai de Herus, em entrevista ao portal G1, desabafou: “Só quero que alguém me procure e explique: quem autorizou?”. Em lamento, completou: “A vida do meu filho não volta mais”.

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A operação policial, realizada às 4 horas da madrugada durante uma comemoração cultural, reacende o debate sobre a violência do Estado e as recorrentes abordagens violentas e desproporcionais que ocorrem nas periferias, territórios majoritariamente compostos pela população negra. 

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Na tarde de hoje, a comunidade clama por justiça e protesta na entrada do morro: “até quando isso vai continuar? Será que é mais um caso isolado?  #JustiçaporHerus”


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