Na última terça-feira (08), um caso de racismo envolvendo uma criança de 7 anos chocou frequentadores da unidade da academia Bodytech, no Rio de Janeiro. Alice, filha de Luana Génot — CEO e fundadora do Instituto Identidades do Brasil (ID_BR) — foi alvo de discriminação racial durante uma atividade recreativa no espaço infantil da academia.

Segundo relatos, crianças brancas, com cerca de 5 anos de idade, se recusaram a brincar com Alice por conta da cor de sua pele. A situação foi prontamente relatada pela própria criança à mãe, que a educa com base em princípios antirracistas. A denúncia causou comoção entre os funcionários da academia; uma funcionária chegou a se emocionar ao relatar o ocorrido, evidenciando a gravidade do episódio.
O caso levanta importantes questionamentos sobre como o racismo é perpetuado desde a infância e sobre a urgência do letramento racial em ambientes frequentados por crianças. Para Luana Génot, referência nacional na luta contra o racismo, é essencial que espaços como academias, escolas e centros de convivência adotem práticas educativas que abordem o tema de forma séria e contínua.
A fundadora do ID_BR cobra um posicionamento formal da Bodytech e reforça a necessidade de ações concretas de educação antirracista voltadas não apenas a crianças, mas também a funcionários e famílias. “O racismo não é uma questão individual, é estrutural. Combater isso exige compromisso coletivo e formação”, afirmou.

Até o momento, a academia não se pronunciou publicamente sobre o caso. A expectativa é que episódios como esse sirvam de alerta para a responsabilidade compartilhada na construção de uma sociedade mais justa e igualitária desde a infância.




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