O disco “Topo da Cabeça” de Tássia Reis, é o lançamento do mês de outubro para assinantes da Três Selos. O álbum chega em edição especial, em vinil colorido de 180g, com capa gatefold de luxo e encarte com material de pesquisa realizado pelo jornalista Veny Santos. Interessados também podem adquirir uma das cópias avulsas do lote limitado, disponíveis em www.tresselos.com.
A habilidade de Tássia Reis, em parceria com os produtores Barba Negra, EVEHIVE, Felipe Pizzu, Fejuca e Kiko Dinucci, consolida seu papel como uma das artistas mais genuínas da cena musical atual. O álbum “Topo da Cabeça”, meticulosamente elaborado em suas composições e arranjos, proporciona a Tássia a liberdade de explorar diferentes estilos, destacando-se como uma das vozes mais adaptáveis e contemporâneas da música brasileira. (Rafael Cortes, A&R Três Selos)
Como uma linha de chegada que celebra as dores e delícias de um longo percurso, o novo projeto de Tássia Reis registra um ensaio de movimentos introspectivos e reconexão com sua ancestralidade, para então reafirmar: “‘Topo da Minha Cabeça’ é o ponto mais alto e mais importante a se chegar, é o ponto que almejo, é o topo que quero e vou conquistar”. O quinto álbum em sua discografia marca também o seu retorno para si mesma sendo versado ao longo de 10 faixas. Com produções de Barba Negra, EVEHIVE, Felipe Pizzu, Fejuca e Kiko Dinucci, e participações especiais de Criolo e Theodoro Nagô, Topo da Minha Cabeça sintetiza as misturas que foram sendo costuradas pela artista paulista ao longo do processo, unindo o Soul, Samba, Rap, Drill, Funk, R&B, Jazz e muito mais por um olhar afrofuturista.
A versão especial em LP vem em vinil de 180g colorido vem acompanhada de material exclusivo com pesquisa assinada por Veny Santos, que adianta suas percepções ao pesquisar sobre o álbum: “Escrever sobre o disco de Tássia e apresentá-lo, de certa forma, para quem também for conferir sua obra, mostrou-se uma experiência complexa. Isso porque transformei a afirmação contida no título do álbum numa pergunta: o que há no topo da cabeça de Tássia Reis? Foi uma busca sem pretensão de chegar a conclusão alguma. O caminhar – esse sim – por cada faixa é que revelou a maestria da artista. O disco me trouxe não só canções que se encaixam ao ritmo cotidiano da vida comum, mas somado a elas, um lirismo bem pessoal e fluido de alguém que sabe compor do topo da própria cabeça.”
“Após quase morrer, renasci compreendendo melhor algumas coisas, e entendi que esse é o ponto mais alto e mais importante que quero estar, o topo da minha própria cabeça. Com essa consciência e domínio, e com minha atenção focada na saúde mental, espiritual e física, eu posso sonhar, planejar e viver melhor, superando qualquer obstáculo e sendo fiel a mim mesma”, afirma Tássia. Tal percepção se tornou fio condutor da canção título que propõe um exercício de presença, e não só abre o disco mas também ecoa o mantra que o embala. O single “Topo da Minha Cabeça” é um desdobramento de referências atemporais como o mestre Sun Ra, Erykah Badu e Solange – e sucede o poético samba de “Asfalto Selvagem”.
”É como apresentar um mundo que vive só na nossa imaginação, e trazê-lo à vida. Saindo direto do Topo da minha cabeça, pro mundo. E é uma honra pra mim, que amo e aprecio vinil, trazer essa obra pra esse universo tão sublime e dedicado, sabendo que as pessoas que apreciam vinil tem essa coisa da audição atenta e acurada. Estou ansiosa para ter o LP nas minhas mãos!”. Tássia Reis, sobre Topo da Minha Cabeça em vinil.
Maturando desde 2020, o disco começou a surgir quando Tássia compôs “Ofício de Cantante”, sua declaração pessoal ao samba. A faixa foi o pontapé inicial para a jornada que então viria. O projeto cantando Alcione no programa Versões (Multishow/Canal Bis, 2021) e também nos palcos com a turnê que começou em 2022, enfatizaram sua reconexão com a ancestralidade, que mais tarde se tornou protagonista e então o disco foi tomando forma. “Eu levo comigo a filosofia de ser um canal atento para conseguir trazer a música para o mundo, e para isso é mais do que necessário se desapegar do que não quer ser e deixar vir apenas o que se é”, afirma a cantora sobre um dos processos mais intuitivos e cruciais para a criação do álbum.
O samba foi o primeiro traço de Topo da Minha Cabeça, que mescla referências como os grupos Black Rio e Originais do Samba, além das jóias da música brasileira: Gilberto Gil, Elza Soares, Elis Regina e Alcione. Dividindo as composições e produções com Barba Negra (na faixa-título), EVEHIVE (em “Rude”), Fejuca (em “Ofício de Cantante”), Kiko Dinucci (em “Previsível”) e Felipe Pizzu (em “Asfalto Selvagem”, “Brecha”, “Nós Vestimos Branco”, “Só Maior”, “Tão Crazy” e “Só um Tempo”), o álbum se forma de modo plural, com um traço de cada colaborador. Nesta lista de parcerias, duas marcam ainda os feats que o projeto apresenta, com os músicos Theodoro Nagô (em “Tão Crazy”) e Criolo (em “Só um Tempo”).
Com direção criativa de Leandro Assis, todas as histórias, reflexões e ensaios de Tássia ganham forma. O cabelo como símbolo central dialoga com o título do disco como meio de referenciar as muitas origens, etnias, religião e status social que contam a história da mulher negra. “Todo o conjunto da obra visual potencializa uma conversa que proponho nas faixas, representando uma variedade de emoções. Os elementos do cabelo, as cores e até a tipografia, criada com base em influências dos anos 70, conectam o passado e o presente da música brasileira”, completa Leandro.
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