Escrito por Vitória Pereira

Após 14 anos de carreira, a cantora Pocah finalmente presenteia seus fãs com seu primeiro álbum, Cria de Caxias. O projeto, idealizado e trabalhado desde 2022, é um mergulho profundo em sua identidade artística e nas raízes que a moldaram. Dividido em três atos que correspondem a fases distintas de sua vida – MC Pocahontas (2011), Pocah e Viviane –, o álbum explora temas como empoderamento feminino, a rica cena artística da periferia e a importância da negritude no mundo da música.

Capa do album ”Cria de Caxias” de Pocah Foto: Reprodução

Em coletiva de imprensa, Pocah relembrou os primórdios de sua carreira no funk, em 2012, quando ainda era conhecida como MC Pocahontas. A artista carioca afirmou: “Não consigo contar minha história sem falar do início de tudo. Cria de Caxias resgata minhas raízes e a energia do baile funk.” Em 2016, Pocah iniciou uma nova fase, marcando a transição para um som mais pop, sem deixar de lado o funk. Essa nova era, que já dura alguns anos, permitiu à cantora explorar novos ambientes sonoros, colaborando com diversos artistas do gênero, como Tati Quebra Barraco, Rebecca, Kevin O Chris e MC Durrony.

O segundo ato da carreira de Pocah foi marcado por uma experimentação ainda maior, destacando a faixa Cria de Caxias em parceria com a rapper Slipimami. Sobre essa fase, a cantora comentou: “Pocah é uma evolução da MC Pocahontas.” Assim, a artista explora as músicas com a participação de L7nnon, Trizz e MC GW. Além disso, Pocah também exalta a importância de mais mulheres, também oriundas de Caxias e das comunidades do Rio de Janeiro, fazerem parte deste trabalho.

Anúncios

No terceiro e mais recente ato, Pocah decidiu mostrar um lado mais pessoal e íntimo, apresentando músicas que abordam temas como relacionamentos abusivos, maternidade e fé. “Livramento”, “Vitória” e “Nunca Tá Bom” são algumas das faixas que compõem esse álbum mais introspectivo. Em entrevista ao Cultura Preta, Pocah falou sobre a importância do funk em sua vida e a conquista de espaços como o palco do Rock in Rio. “Eu vim do meio do nada. O funk me abraçou e salvou minha vida”, afirmou a cantora, emocionada.


Descubra mais sobre Cultura Preta

Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.

Deixe um comentário

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.

Anúncios