O podcast ‘Histórias de Conforto’ de Ana Flávia Cavalcanti em parceria com Comfort, recebeu Taís Araújo para falar sobre trajetória, carreira, memórias olfativas e conforto. O papo descontraído passou pela infância de Taís no Meyer, sua relação com seu pai, seu início de carreira e representatividade. Ao falar da necessidade de ver outras mulheres negras assumindo protagonismo na televisão e publicidade, a atriz global destacou que entendeu que se não havia espaço para outras mulheres negras, algo estava errado.

Ana Flavia Cavalcanti e Tais Araujo durante o podcast ‘Historias de Conforto Foto: Divulgação

Ao refletir sobre as sementes lançadas e a colheita que aguarda com Ana Flávia, Taís traz o assunto de outra perspectiva, quando não se reivindica espaço para que haja maior representatividade: “Não tem graça estar sozinho na festa. Durante muito tempo eu falei na internet ‘chamem outras atrizes, chamem outras atrizes para a capa, para trabalho, para isso, para aquilo’. Porque eu também sei que se eu tiver sozinha é uma mentira. E, depois que eu tive filho, isso ficou muito nítido para mim: se só tiver eu, é mentira. Aí os meus filhos não vão herdar o país que eu quero que eles herdem, onde todo mundo tem grandes oportunidades”, concluiu.

Honesta, Taís admite que, apesar de sempre ter reivindicado mais protagonistas negras, quando as viu se aproximar temeu perder espaço de trabalho: “Eu falava ‘tem que ter outras protagonistas’, quando eu vi outras protagonistas eu fiquei cagada, ‘será que eu perdi espaço?” Mas depois eu olhei e falei, ‘não era isso que eu queria?”, a atriz diz que foi quando compreendeu que precisava confiar na trajetória que estava traçando para si.

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A embaixadora de Comfort destacou que, enquanto mulher preta, não é capaz de representar todas as pessoas pretas do Brasil, mas que o papel que vem desempenhando vai abrir espaço para outros talentos. “A gente tá aqui preparando o terreno para que as outras gerações possam voar. Léa, Ruth, Zezé abriram o caminho, a gente pôde correr e as outras gerações eu quero que voem. É para isso que a gente está trabalhando também. O nosso trabalho enquanto pessoa negra nesse país não é só para a gente”, afirmou.

Ainda sobre representatividade, Taís fala sobre como esse significado tão importante enche o trabalho e a vida de propósito. “É muito bonito quando o trabalho de um engrandece o de outro, quando a gente fala de bonde assim. Cara, quando escuto Emicida, eu fico muito maior. Eu fico gigante!”, afirmou a atriz, que explicou que essa representatividade é como tecer uma rede.

Com oito episódios, lançados quinzenalmente, o podcast  já recebeu a artista Liniker, os criadores de conteúdo Rafa César e Luke e, agora, Taís. Quem quiser assistir aos três primeiros episódios pode acessar os canais de Comfort no YouTube e no Spotify, além de conferir pílulas com cortes de trechos especiais nas redes sociais da marca e de Ana Flávia.


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