A cantora e compositora paulistana Nayra Lays lançou seu álbum de estreia, “Feita de Samba”. O disco produzido por Levi Keniata já está disponível nas principais plataformas.  Feita de Samba possui 12 faixas autorais compostas por Nayra – incluindo interlúdios -, e teve como abre-alas o single “Casulo”.

Capa de ‘Feita de Samba’ de Nayra Lays Foto: Camila Tuon e Gabriela de Paula

Neste projeto Nayra Lays transmite em suas letras temas como o amor próprio, o autoconhecimento, a paixão e a transformação. “O meu grande objetivo com esse projeto era reivindicar e exercer o meu direito à humanidade ao explorar e cantar sobre assuntos que permeiam o que é ser humano em toda nossa complexidade, da forma mais sincera e profunda possível”, completa Nayra. “No fim, é isso o que ‘Feita de Samba’ significa pra mim: poder ser e viver na minha pele livremente e inspirar quem ouve a fazer o mesmo”.

Com autenticidade, Nayra reverencia o samba, mesclando-o a elementos do  pagode e da black music. O resultado? Uma sonoridade de frescor pop, decorada por sutis aplicações eletrônicas emprestadas do R&B. Para a cantora, “o samba não é apenas o gênero central do disco, mas uma filosofia que permeia todo o seu processo criativo e conceitual.”

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“Esse álbum dentro da Nebulosa foi a possibilidade de experimentar um fluxo criativo e processual que já havia estudado e pesquisado, sobre as décadas de 70/80. Compomos mais de 40 músicas, foi quando a pandemia aconteceu, tivemos que pausar este processo e retomá-lo de forma mais analógica, com poucos encontros, etc… Com a progressão da reabertura, shows sem público, conseguimos testar essas composições, entender como elas funcionavam na rua e como elas soavam no palco. Depois que passou todo este processo, entendemos de fato o que poderia ser esse álbum, entramos em estúdio com mais consciência, para compor mais músicas e numa nova peneira, selecionar as que mais estavam de acordo com a proposta artística”, aponta o produtor Levi sobre a produção musical de “Feita de Samba”.

Nayra é fã confessa de grandes nomes da música brasileira, consagrados e contemporâneos, como Alcione, Liniker e Thiaguinho. Essas são algumas das principais referências dela, mas não as únicas. A artista também se inspira em figuras anônimas, localizadas fora dos holofotes.

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Os músicos de sua família, que fundaram juntos nos anos 1990 o grupo “Pequeninos do Samba”, amigos de bairro, vizinhos e sambistas do Grajaú – Zona Sul de São Paulo, região onde Nayra cresceu e vive até hoje -, são partes fundamentais e constituintes do seu amadurecimento artístico. “Feita de Samba” dialoga com a sonoridade ancestral e os novos elementos da música negra brasileira.

É um álbum leve e uma boa pedida para diversos momentos, desde acompanhar o churrasco de domingo com as amigas até dançar sozinha na sala de casa. Um verdadeiro convite para celebrar com suingue, amor e  coragem quem se verdadeiramente é.


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