Explorar os contratempos enfrentados pelos artistas negros no dia a dia e nos bastidores da profissão pode ser um desafio, mas Maíra Azevedo, Evaldo Macarrão, Guilherme Junior, Jhordan Matheus, Niny Magalhães e Sulivã Bispo vão encarar com muita diversão e prometem arrancar gargalhadas do público com a estreia de “Humor Negro”, que acontece hoje, 21 de agosto.
O especial Globoplay e Multishow, que iniciou em 2022 como um projeto de exibição único, agora ganha as telas no formato de série com 10 episódios. No canal, a série será exibida de segunda a sexta, às 22h30, e na plataforma de streaming, os episódios da semana ficam disponíveis para assinantes em duas levas de 5 episódios, nos dias 21 e 28 de agosto, a partir das 18h.
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O elenco comentou sobre o papel do humor e a importância dele dentro do combate racial, confira:
Sulivã Bispo: O humor tem um papel imprescindível no combate ao racismo, principalmente no combate do racismo recreativo, que é aquele que você está fazendo piada, está sendo legal mas na verdade está trazendo falas e textos preconceituosos. Para além do racismo recreativo, esse humor conscientizado que o humor negro traz é, de fato, um alerta pra muita coisa e consegue chegar no público de maneira muito mais eficaz, porque você ri, se diverte e pensa “poxa, isso é racismo”. A conscientização é plural, já que o racismo não é só um problema de nós negros, a gente sofre com ele, mas não fomos nós que criamos ele, então a gente mostra o problema e a solução. Você sorri, se diverte, se conscientiza e consegue se preparar para o combate, para lutar e resistir pelos nossos direitos.
Evaldo Macarrão: O papel do humor é de crucial importância no seu processo de enfrentamento e denúncia. O humor que a gente faz é para rir do opressor e não do oprimido e assim não deixar de refletir para conscientizar no objetivo de repudiar a violência e o violentador. Além de manter valorização das nossas origens e cultura no que chamamos de “humor inteligente”.
Jhordan Matheus: A comédia está ligada ao combate de qualquer negatividade que tem na nossa sociedade. Eu acho que tudo aquilo que for negativo, a piada consegue de forma muito verdadeira e braba vir a combater. Com a piada a gente consegue levar informação de uma forma que quem ouve pode nem ter conseguido enxergar daquela forma. E o racismo principalmente, a gente consegue causar e impactar para que as pessoas pensem sobre esse assunto. O público pode esperar uma comédia muito leve e verdadeira, que faz pensar, se emocionar e com o principal objetivo que é fazer rir. E rir muito! As pessoas que vão assistir verão algo muito incrível acontecendo!
Rodrigo França: O papel do Humor Negro é mostrar que é possível fazer humor com inteligência, sem precisar reproduzir qualquer mazela e principalmente sem ferir qualquer grupo já oprimido pela estrutura social.
Dirigida por Rodrigo França, conhecido por sua expertise em trabalhos que exploram temáticas contemporâneas, a série foi gravada em Salvador e utiliza o humor como ferramenta para abordar situações absurdas e inusitadas com enfoque no racismo. Com um elenco de peso, composto por grandes comediantes negros, a atração traz às telas personagens hilários e situações improváveis que refletem a vida por trás dos palcos.
“Essa é uma grande oportunidade de mostrar mais humoristas e as nossas subjetividades. Serão dez episódios com convidados especiais. Sempre com uma temática central na dramaturgia e no stand up comedy, homenageando um artista que contribuiu ou contribui para o humor negro brasileiro” comenta Rodrigo França.
Além do elenco fixo, “Humor Negro” também contará com participações especiais de grandes nomes como Hélio de La Peña, Junior Chicó, Luana Xavier, Marcelo Magano, Matheus Buente, Patrick Sonata, Thamirys Borsan, Tiago Banha, e Yas Fiorelo. O projeto, criado e produzido pela Conspiração, tem direção de Rodrigo França e redação final de Renata di Carmo.
Humor Negro – A Série
Estreia: 21 de agosto
No Multishow: de segunda a sexta, às 22h30
No Globoplay: disponível para assinantes em duas levas de 5 episódios, nos dias 21 e 28 de agosto, a partir das 18h.
Cultura Preta 
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